quinta-feira, 2 de abril de 2020

Cuidado com o caminho mais fácil.

A 7ª arte possue um acervo de inesquecíveis produções cinematográficas, verdadeiras obras primas que exploram, conforme o espírito dos tempos e as óbvias orientações mercadológicas, os mais variados temas para os consumidores dos mais distintos segmentos da sociedade. No entanto, de vez em quando, algumas obras conseguem ultrapassar seus "limites", tal como o clássico: "Doze homens e uma sentença"; um drama dirigido por Sidney Lumet, com impecável roteiro de Reginaldo Rose, cinematografia de Boris Kaufman e por um grande elenco de atores. Henry Fonda, dispensa apresentações. Essa obra foi lançada em 1957, distribuída pela United Artists/EUA e merecidamente vencedora de inúmeros prêmios e indicações. Resumidamente, a história central é a seguinte: 12 homens (jurados), após acompanharem o "julgamento" de um rapaz acusado de matar seu próprio pai a facadas, reúnem-se para decidir se devem devem acusá-lo de culpado, sentenciando-o assim a morte, ou declará-lo inocente. Incia-se um debate em que superficialidades subjetivas, preconceitos e indiferenças com que cotidianamente convivemos e moldamos o mundo são reveladas e, que paulatinamente, vão sedendo diante da "dúvida racional" sobre fatos não explorados durante o julgamento. Em essência, o filme trata da tendência humana de apoiar suas decisões a partir de soluções fáceis, baseadas em fórmulas prontas, pré-estabelecidas e superficiais, algoritimizadas, ao invés de decisões sustentadas por reflexões honestas e corajosas sobre a complexa paisagem do mundo.  





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