A cada dia testemunhamos o surgimento de "novidades" baseadas em um suposto pragmatismo, limitado pela lógica economicista da relação custo-oportunidade, gerarem polêmicas que, por extensão, acabam criando apaixonados opositores e ferrenhos defensores, principalmente no meio acadêmico internacional. Desta vez, uma ideia que mais parece ter saído de algum capítulo do livro: "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley, ou do filme: "Os Tempos Modernos" de Charles Chaplin, tem ganhado nos últimos tempos especial relevância, trata-se da preocupante alegação do governo japonês de que: "pesquisas “altamente teóricas” devem ser substituídas por uma “educação mais prática e vocacional”, e isso tem reduzido ou remanejado os departamentos de Ciências Humanas e Sociais em suas IES nos últimos anos. Talvez essa ideia seja absolvida sem muita dificuldade em uma cultura arraigadamente disciplinar como a desse país, o preocupante é quando uma ideia assim encontra defensores em outros, culturalmente mais abertos. Por fim, a priorização da educação como formadora de habilidades técnicas deve se harmonizar com a educação transformadora e criadora de massa crítica de amplo espectro social/humanizador, algo tão importante e necessário para tornar o mundo um lugar melhor.